19/04/2013

LOPES, COELHO DIAS & Cª, Lda

(1899) "Conservas Lopes, Coelho Dias & Cª, Lda"
(Joaquim António Lopes, José Coelho Dias)


(1889) Ano de fundação da antiga "Especial Fábrica a Vapor de Conservas Alimentícias Lusitana", na Rua de S.Pedro de Miragaia (Porto). A firma girava sob a razão do Sr. José Coelho Dias, sendo o Sr. Joaquim António Lopes, o sócio em comandita. As conservas desta fábrica começaram a alcançar uma crescente preferência em todos os mercados onde se apresentavam. No entanto, era forte a pressão de clientes e amigos para a necessidade de expansão, e para se dedicarem ao fabrico da conserva de sardinha. Depois de uma longa e aturada viagem pelo estrangeiro, onde puderam verificar os últimos progressos da indústria conserveira, e estudar vários locais em Portugal, onde poderiam instalar a nova fábrica, optaram por escolher a praia de Matosinhos, pois na altura oferecia as melhores garantias, quer pela excelência dos seus produtos, boas propriedades da água, próxima do Porto artificial de Leixões e da cidade do Porto.

(1899) Ano de início da actividade conserveira em Matosinhos. Efectivamente o grande marco de viragem para a indústria conserveira, posteriormente denominada de "Real Fábrica de Conservas de Matosinhos". Ocupou um espaço de 14.000 m2, sendo considerada (no género) uma das maiores da Península Ibérica. Empregava em casos normais 400 operários, sendo que em ocasiões de grande movimento chegava aos 1.000 operários. Foi o exemplo da interacção entre indústria e vias de comunicação, não só o eléctrico passava à porta, como o comboio passava nas suas instalações, a caminho da Estação de Leixões, facilitando o transporte das suas exportações. Após a instalação da fábrica, a indústria conserveira começou a desenvolver, deixando de ser simples actividade de preparação de sardinha em salmoura. Esta foi a mais antiga e importante fábrica que Matosinhos viu nascer.

(1904) As instalações da fábrica foram alvo de melhoramentos e foi também aumentado o seu capital social. Com produtos desta empresa organizaram-se os mais variados menus, desde o prato mais económico à mais esquisita iguaria, desde a refeição mais simples ao mais abundante banquete.

(1941) A unidade fabril foi adquirida pelo Sr. Adão Pacheco Polónia, mantendo-se em laboração até meados da década de 60, altura que marca o seu encerramento.

(2013) O património foi demolido. Deu lugar a habitações de luxo.
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